Filmes prediletos > Sublime Tentação
Como manter o pacifismo dos quakers (ou
quacres) em tempos de guerra civil americana? É isso que o excelente diretor
William Wyler (Ben-Hur) tenta responder. E ele se sai muito bem, pois o
pacifismo tem um limite quando se está em jogo algo muito maior do que o próprio
universo do pacifista, mas ainda assim, Deus está na proteção. O pai, o quase
liberal Jess Birdwell (Gary Cooper) é o oposto de sua esposa Eliza Birdwell
(Dorothy McGuire), ministra da igreja quaker. Este embate de jeitos é uma
delícia, pois além da participação do casal há algumas situações que envolvem
seus três filhos, a mais crítica está para o mais velho que se sente mal em não
invocar seu patriotismo participando da guerra. A tranquilidade do pai, Jess,
parece estar sempre na certeza da proteção de Deus, um pouco fora da ansiedade
da mãe, que não quer que o filho vá de maneira alguma para uma sangrenta
guerra, visão esta que se confronta com a fé de uma ministra quaker, enquanto
um não-ministro, mas apaziguador Jess, mantém sua autoridade amorosa sobre a
família, na certeza de que o filho deve ter suas experiências, de maneira que possa
experenciar sua escolha e ter o seu ponto de vista de uma participação na
guerra. No entanto, o amoroso pai vai, a pedido da mãe, em busca do filho. O
filho é o assassino louco de Psicose Anthony Perkins, bem novinho. Maravilhoso
clássico de Wyler. SUBLIME TENTAÇÃO (EUA, 1956).