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Filmes prediletos > A Mulher faz o Homem

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A MULHER FAZ O HOMEM de Frank Capra (EUA, 1939) Eis aqui um FILME DE FORMAÇÃO para ser usado em redação de 25 linhas, no curso para políticos que não querem se manter desgraçados. De 1939 e mantendo-se atualíssimo, o filme lembra bem o que se passa dentro da Casa do Povo. Claude Rains como senador controlado pelo empresário, dá show de interpretação juntamente com o bom moço James Stewart,que caluniado pelo lobby senatorial e vítima da mídia corrupta, tenta de todas as maneiras bloquear a avalanche de corrupção. Um filme que me emociona a cada vez que revejo. Tornou-se um dos melhores filmes da história do cinema, e guardado como jóia rara pelo Instituto de Cinema Americano. Presente em todas as listas do cinema conservador mundial. Aqui com o título idiota de A MULHER FAZ O HOMEM, Mr. Smith Goes to Washington é uma obra-prima de Frank Capra, talvez o diretor mais americano dos diretores americanos. Para uma época em que o homem-massa está nas ruas com sua cabeça vazia, eis aí o qu

Filmes prediletos > Nascido para Matar

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NASCIDO PARA MATAR de Stanley Kubrick (EUA 1987) Um retrato cruel da caserna e da Guerra do Vietnã. Kubrick consegue colocar todos os assuntos polêmicos numa simples revista de um sargento rigoroso, e divide o filme em três etapas: o treinamento, o contato superficial dos marines com a guerra e a batalha propriamente dita. O "herói" James T. "Joker" Davis (Mattew Modine) é um descrente quanto aos motivos da participação americana na guerra. Isto é latente na sua ambiguidade provocadora, enquanto no seu capacete está lá escrito "Nascido para matar", no peito ele tem um broche "pé-de-galinha", o símbolo hippie da paz e amor, segundo ele a ambiguidade junguiana. Enquanto, os seus companheiros que "não são deste mundo" são dizimados, ele escapa de situações críticas de morte. Sua hora ainda não chegou. E a guerra pra ele é um grande barato, até que ele enfrenta uma situação de anulação total do oponente. Kubrick é mão de gênio. Surpreen

Filmes > Sortilégio de Amor

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SESSÃO DA TARDE... Uma bruxa feia e nariguda com uma enorme e horrível verruga é uma coisa, e uma bruxa com a cara da Kim Novak é outra completamente diferente. É ela que se apaixona por James Stewart e... deixa de ser bruxa. A h!... o amor!... nem as bruxas resistem. Quem segura esta bela peça cinquentista é o power trio James Stewart/Kim Novak/Jack Lemmon. Leve como as sessões da tarde devem ser... Elegante como um dia fomos... SORTILÉGIO DE AMOR de Richard Quine (EUA 1958)

Filmes prediletos > Legião de Heróis

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Esta semana também vi, da minha coleção, LEGIÃO DE HERÓIS de Cecil B. DeMille (EUA 1940). O sr. DeMille é sem dúvida um diretor de épicos. Este aqui é baseado na Polícia Montada Canadense, defensora da Coroa Britânica contra os mestiços rebeldes da América do Norte, que resolveram lutar pela 'independência' mesmo sem serem dignos dela. Ou seja, a luta de revolucionários (sempre eles...), que vão pelo pior caminho: o da violência. Esses mestiços eram contra qualquer tipo de lei, e a Polícia Montada, como toda polícia (epa!), é totalmente avessa a falta de lei e, fiel à Rainha. Gary Cooper entra no filme com o "papel dele mesmo" um texano ranger cerebral e simpático, que está no encalço do detestável Jacques Corbeau (George Bancroft, o delegado de NOS TEMPOS DAS DILIGÊNCIAS, muito bom!). De Mille capricha como sempre nos cenários. Seu olhar para cenários é fantástico! E o mais bacana é o bom moço Gary Cooper trabalhando nos bastidores da rebelião, ao mesmo tempo em q

Filmes prediletos > Sublime Tentação

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Como manter o pacifismo dos quakers (ou quacres) em tempos de guerra civil americana? É isso que o excelente diretor William Wyler (Ben-Hur) tenta responder. E ele se sai muito bem, pois o pacifismo tem um limite quando se está em jogo algo muito maior do que o próprio universo do pacifista, mas ainda assim, Deus está na proteção. O pai, o quase liberal Jess Birdwell (Gary Cooper) é o oposto de sua esposa Eliza Birdwell (Dorothy McGuire), ministra da igreja quaker. Este embate de jeitos é uma delícia, pois além da participação do casal há algumas situações que envolvem seus três filhos, a mais crítica está para o mais velho que se sente mal em não invocar seu patriotismo participando da guerra. A tranquilidade do pai, Jess, parece estar sempre na certeza da proteção de Deus, um pouco fora da ansiedade da mãe, que não quer que o filho vá de maneira alguma para uma sangrenta guerra, visão esta que se confronta com a fé de uma ministra quaker, enquanto um não-ministro, mas apaziguador J

Livros prediletos > O Último dos Moicanos

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O  ÚLTIMO DOS MOICANOS de James Fenimore Cooper sempre foi um livro mágico para mim, desde que ganhei de meu pai uma coleção infanto-juvenil que tinha o livro editado. Apesar das edições infanto-juvenis, MOICANOS nunca foi um livro para crianças, assim como OS TRÊS MOSQUETEIROS, ROBINSON CRUSOÉ e muitos outros nunca o foram. Moicanos, que comprei agora no texto integral da coleção dos Clássicos Jackson, é um livro sangrento como sangrentos eram os selvagens americanos. Mas também é um livro de aventuras, amizade, bem vs mal, e de homens corajosos que estão sob as bençãos de Deus, sejam eles selvagens ou não. Um livro realmente mágico.

Livro > Peer Gynt

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H enrik I bsen era um moderno em terra estranha. Admirado por Joyce, escreveu Peer Gynt, escandalizou a sociedade da época (com várias outras peças). Misturando o folclore norueguês com as desventuranças da alma rebelde do norueguês Peer Gynt, um imperador de si mesmo, como mostra o subtítulo, Ibsen nos passa a inquietação e auto-confiança do personagem que parece fugir de uma vida normal, mas que ao mesmo tempo se vê em direção à ela, como se o seu destino fosse uma vida normal. Salvo as exceções, muitos de nós temos a referência do colo maternal, e por mais que sejamos um espírito rebelde sempre nos remetemos ao amor materno, mesmo que a figura da mãe seja substituída por um amor que a represente. Isso tudo pode acontecer cedo, muito mais tarde do que imaginamos ou até mesmo nunca acontecer. Para a felicidade de PG ele ainda teve o tempo necessário. De Peer Gynt o que apren demos é que ninguém pode ser um imperador de si mesmo.

Livro > Viagem ao Sobrenatural

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Por sugestão de uma sobrinha da minha amadinha, encomendei VIAGEM AO SOBRENATURAL de Roger Morneau. O sr. Morneau, hoje um convertido, foi um satanista, e neste livro ele conta todo o seu drama mostrando o que é o satanismo.Vou ler e futuramente apresento minhas porcas impressões.

Livro > A Cidadela

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Matei hoje A CIDADELA de A.J.Cronin. Nada há de novo sob o sol. Desde a década de 20 os médicos fazem do seu trabalho um comércio de remédios milagreiros e de intervenções cirúrgicas desnecessárias visando o, como diz Ligia Fagundes Telles, ORIEHNID. O título, penso, é uma metáfora para O MUNDO ESPIRITUAL bem ao estilo do que escreveu Santo Agostinho na sua A CIDADE DE DEUS, a cidadela inalcançável para os maus (médicos). Se não fosse cristão pensaria que o Espírito Santo guia a mão de todos os médicos, tal o nível de dignidade da profissão. Se não for Ele, Deus age de qualquer maneira... PERFEITA. Um livro bem legal este. Qdo. digo TODOS OS MÉDICOS me refiro aos que não são cristãos, portanto sem as bençãos do Espírito Santo, mas, no entanto, sob a GRAÇA DE DEUS.

Livro > A Cidade e as Serras

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Uma obra póstuma, Eça morreu antes de ver sua obra publicada. Li no texto em português de Portugal, com todas as expressões dos nossos lusos irmãos. O livro foi escrito para combater o positivismo em voga na época em que Eça escreveu e mui quisto aqui em Banânia (tá lá escrito no símbolo da pátria-mãe: ORDEM E PROGRESSO). A cidade simboliza o positivismo, as serras a metafísica que o positivismo renega. Jacintho de Tormes (olha aí... não é o famoso colunista social brasileiro, hein!), é o representante mor da cidade, português que vive em Paris no meio da parafernália modernosa, muda literalmente da água pro vinho -- há que se diga... vinhos maravilhosos da região --, é quando o amigo Zé Fernandes leva-o a conhecer as serras de Portugal. Lá não há positivismo que se aguente, e as parafernálias de Jacintho se emperram com as chuvas torrenciais típicas da região. Lá o depressivo Jacintho conhece a simplicidade e... o amor! Um clássico do sempre irônico e genial Eça de Queiroz.