Resenha > O Presente

Jason acabou de perder o avô bilionário que sempre odiou e estava certo de que não herdaria nada. Mas se enganou: "Red" Stevens (James Garner) deixou 12 tarefas para Jason, ao fim das quais ele será avaliado e, se merecer, terá direito ao que Red chama de "o maior de todos os presentes". Cada uma dessas tarefas tem o objetivo de promover alguma mudança em Jason, mas nenhuma terá tanta força quanto o encontro casual com a pequena Emily (Abigail Breslin). (by www.interfilmes.com)

O Presente é um filme bacaninha de Sessão da Tarde com direção burocrática de Michael O. Sajbel.
O mais bacana do filme é seu ensinamento de como tornar um jovem arrogante e indesejável que sempre teve tudo na vida, por causa do avô bilionário, numa pessoa bondosa e responsável.

O avô Howard 'Red' Stevens (o velho ator de seriados James Garner) é um sábio velhinho que antes de morrer deixa como herança para o neto, o jovem arrogante Jason (Drew Fuller), uma espécie de Doze Trabalhos Hercúleos. Em que ele vai ter que se entregar para poder obter a benção e a herança bilionária do velho. Red (James Garner) conhece muito bem o neto que tem, pois ele é muito parecido com o impetuoso filho, pai de Jason. E tudo o que ele deixou correr sem maiores preocupações com o filho, não quer que ocorra na vida do neto. Antes de morrer ele se deixa filmar com as mensagens para que Jason saiba o que ele deseja.

Uma boa coisa é a perceber as doses de responsabilidade em todos os doze trabalhos, que diferentemente de Hércules não precisam de uma força mítica, mas de uma grande força de amor no coração. Muitas pessoas não conseguem se livrar da "casca" que a deixam isoladas da graça de Deus. Jason é assim, aos poucos a casca vai amolecendo até não existir mais. A percepção do que seu avô queria dele é um produto de sua inteligência. E o avô sabia que ele era inteligente, muito mais inteligente do que fútil, ainda que a futilidade fizesse parte de sua "casca".

Ter muito dinheiro como o avô de Jason tem, é uma dádiva que só as pessoas responsáveis entendem bem o que vem a ser isso. No nosso contexto muitas vezes ter muito dinheiro é visto com preconceito, até mesmo em consequência de maus exemplos que nos acostumamos a ver por aí. Por isso quando uma pessoa é capitalista, ou quando o país é capitalista, a primeira correlação que fazemos é com algo selvagem, destruidor, esquecendo do funcionamento das relações de confiança inseridas dentro do capitalismo. Se temos confiança é porque a mentira não prevalece.

Jason aprendeu que capitalismo só subsiste com responsabilidade e o amor é o guia para todos os tipos de tarefa.

A história se desenvolve em cima das doze tarefas de O PRESENTE que têm relação com:
1. Trabalho
2. Dinheiro
3. Amigos
4. Conhecimento
5. Problemas
6. Família
7. Risadas
8. Sonhos
9. Doação
10. Gratidão
11. Dia
12. Amor

O Presente (The Ultimate Gift), de Michael O. Sajbel (EUA, 2006)

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