Resenha > Juno
Existe um ditado de Lao Tse (Tao Te Ching) que diz:
“Quando nasce, o homem é fraco e flexível.
Quando morre, o home é forte e rígido.
A firmeza e a resistência são sinais de morte,
A fraqueza e a flexibilidade, manifestações de vida.”
O filme Juno está bem de acordo com o ditado.
Juno, a amiga, o pai, a madrasta, o namorado... todos são flexíveis.
A situação é difícil. Uma menina de 16 anos grávida, mas todos encarando numa boa. Isso faz de Juno um filme simpático.
Juno (Ellen Page) foi sábia em não interromper a gravidez para fazer feliz uma pessoa que não pôde ter filhos. É quase como um pacto, porque a mãe verdadeira tem que fazer um esforço para esquecer o filho e evitar a curiosidade de saber como a criança vai ficar, hoje e no futuro. Claro que a mãe adotiva Vanessa Loring (Jennifer Garner), se calça juridicamente para ficar com o bebê sem problemas. Ela é responsável e sabe o que quer, resolveu asssumir a adoção, mesmo com o afastamento do marido, o pop star frustrado Mark Loring (Jason Bateman), que não tem o perfil de pai e reconhece isso.
O filme aborda um tema bem recorrente em muitos países do mundo: a gravidez de adolescentes. Mas aborda de uma maneira bem interessante e leve. Juno pensa até num aborto, uma coisa bem fácil nos EUA pela quantidade de clínicas de aborto legalizadas em alguns estados americanos, supridas por ONGs como a Planned Parenthood (dá-lhe Obama!).
O filme tem uma coisa bem latente que é a cultura pop, punk, bandas de rock, quadrinhos, o assunto predileto de June. A música e mesmo a fotografia do filme é bem pop, abusando com filtros para cores primárias.
O pai de Juno Mac (J.K. Simmons) é um grande cara, tem um bom diálogo com a filha, e a madrasta louca por cachorros (Allison Janney) parece ter lá sua dignidade, privando-se até dos cachorros por causa da alergia da enteada. O bacana do filme é esse enfrentamento do problema com coragem e apoio familiar.
Muitos dirão que a gravidez de adolescentes não é mais tabu. O filme prova que não. Apesar de toda a modernidade dos tempos ela ainda choca as pessoas. Muitos dirão que a informação sobre o uso de contraceptivos é o melhor a fazer, outros defenderão a abstinência sexual. Mas uma coisa é certa: a impulsividade humana acaba com qualquer planejamento, mas, no meio de toda esta confusão, Juno e Paulie Bleeker (Michael Cera) reencontram o amor, simples e verdadeiro.
Como na mudança de ato no teatro, os atletas corredores no filme anunciam uma nova etapa.
A escritora Jane Austen (Orgulho e Preconceito, Emma) que nunca encontrou o amor verdadeiro, morreu aos 42 anos, virgem, e deixou um dos maiores legados para a humanidade: o entendimento para esse amor verdadeiro. Ela também foi flexível.
“Quando nasce, o homem é fraco e flexível.
Quando morre, o home é forte e rígido.
A firmeza e a resistência são sinais de morte,
A fraqueza e a flexibilidade, manifestações de vida.”
O filme Juno está bem de acordo com o ditado.
Juno, a amiga, o pai, a madrasta, o namorado... todos são flexíveis.
A situação é difícil. Uma menina de 16 anos grávida, mas todos encarando numa boa. Isso faz de Juno um filme simpático.
Juno (Ellen Page) foi sábia em não interromper a gravidez para fazer feliz uma pessoa que não pôde ter filhos. É quase como um pacto, porque a mãe verdadeira tem que fazer um esforço para esquecer o filho e evitar a curiosidade de saber como a criança vai ficar, hoje e no futuro. Claro que a mãe adotiva Vanessa Loring (Jennifer Garner), se calça juridicamente para ficar com o bebê sem problemas. Ela é responsável e sabe o que quer, resolveu asssumir a adoção, mesmo com o afastamento do marido, o pop star frustrado Mark Loring (Jason Bateman), que não tem o perfil de pai e reconhece isso.
O filme aborda um tema bem recorrente em muitos países do mundo: a gravidez de adolescentes. Mas aborda de uma maneira bem interessante e leve. Juno pensa até num aborto, uma coisa bem fácil nos EUA pela quantidade de clínicas de aborto legalizadas em alguns estados americanos, supridas por ONGs como a Planned Parenthood (dá-lhe Obama!).
O filme tem uma coisa bem latente que é a cultura pop, punk, bandas de rock, quadrinhos, o assunto predileto de June. A música e mesmo a fotografia do filme é bem pop, abusando com filtros para cores primárias.
O pai de Juno Mac (J.K. Simmons) é um grande cara, tem um bom diálogo com a filha, e a madrasta louca por cachorros (Allison Janney) parece ter lá sua dignidade, privando-se até dos cachorros por causa da alergia da enteada. O bacana do filme é esse enfrentamento do problema com coragem e apoio familiar.
Muitos dirão que a gravidez de adolescentes não é mais tabu. O filme prova que não. Apesar de toda a modernidade dos tempos ela ainda choca as pessoas. Muitos dirão que a informação sobre o uso de contraceptivos é o melhor a fazer, outros defenderão a abstinência sexual. Mas uma coisa é certa: a impulsividade humana acaba com qualquer planejamento, mas, no meio de toda esta confusão, Juno e Paulie Bleeker (Michael Cera) reencontram o amor, simples e verdadeiro.
Como na mudança de ato no teatro, os atletas corredores no filme anunciam uma nova etapa.
A escritora Jane Austen (Orgulho e Preconceito, Emma) que nunca encontrou o amor verdadeiro, morreu aos 42 anos, virgem, e deixou um dos maiores legados para a humanidade: o entendimento para esse amor verdadeiro. Ela também foi flexível.