Filme > A Troca

Estamos arriscados a entrar numa sociedade kafkaniana.
A justiça mistura termos e interpretações de um direito, como fala o Reinaldo Azevedo, achado no lixo, onde a Constituição é só enfeite.

Leia o post O “MENINO” DE GRANDIS É BEM MAIS VELHO DO QUE PENSA E DO QUE PARECE
Segundo Reinaldo um dos textos mais importantes que ele escreveu em três anos para o blog.
< http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/ >

Ontem (07mai) vi um filme chamado A TROCA de Clint Eastwood, uma mãe (Angelina Jolie) tem seu filho raptado, um caso verídico que aconteceu em Los Angeles em 1928, a polícia corrupta e inepta com medo de ser envolvida em mais um escândalo, arruma uma criança para substituir o filho perdido. Logicamente a mãe não aceita por razões óbvias, mas ela é encarcerada como louca por falar que aquele não era seu filho. Uma situação kafkaniana.

Só que um pastor corajoso (John Malkovich) -- daí a importância dos líderes responsáveis em nossa sociedade -- sabedor das sujeiras da polícia, põe a boca no mundo, com a ajuda de seu programa radiofônico e de um advogado que comprou a causa, fazendo reverter a injustiça cometida.
Mais uma vez a realidade suplantando a ficção.

Ou seja, um filho que é seu de direito trocado porque "eles" acham que tem o direito de escolher um filho pra você. O direito que nunca é recíproco. Não faças ao teu irmão o que não desejas que façam a ti.

Daí fiquei a pensar nas situações constrangedoras que se passam em nossa sociedade. Ainda mais terríveis quando os direitos e deveres constitucionais não representam nadica de nada. Aí já não temos mais a quem apelar.

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