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Filmes > Virtude Selvagem

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Baseado na novela de Marjorie Kinnan Rawlings ganhadora do Prêmio Pulitzer. A trinca Gregory Peck (Penny Baxter), Jane Wyman (Orry Baxter) e Claude Jarman Jr. (Jody) fazem deste filme um primor do cinema, um clássico do filme pastoral e bucólico. Entende você porque os sabidos tupiniquins não traduzem o nome para – no espanhol – O DESPERTAR? Porque é disso que se trata. O jovem Jody tem um sonho de ter um companheiro dos animais selvagens que vivem perto do rancho e se apega a um filhote de gamo, que perdeu sua mãe, morta pelo pai de Jody para salvá-lo de uma picada de cobra. O gamo vai provocar muitos atritos num lugar em que se depende fortemente da lavoura para sobreviver. Jody vai ter seu verdadeiro despertar deixando de lado as coisas passageiras para focar na sobrevivência do sítio pioneiro, no meio da Flórida de 1870, onde não se vê nada além da mata fechada, animais selvagens e vizinhos muito longe uns dos outros. Como falei, destaque para Gregory Peck, que ganh

Filmes > Oblivion

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Oblivion é repositório de clichês de filmes de ficção científica. O cineasta  Joseph Kosinski  é arquiteto e algumas das suas imagens parecem ter saído de uma revista Wallpaper. Ambientes assépticos confrontados com o caos apocalíptico. Faltou, talvez, um tanto de filosofia, e menos ecochatice. Sou simpático ao protagonista que adora a beleza da Terra, assim penso no que se refere a magnífica criação de Deus, inigualável no Universo. As imagens são belíssimas, mas faltou enredo bom e costurado. A torre onde habita a dupla Jack (Tom Cruise) e Victoria (Andrea Riseborough), impressionantemente não sofre ação dos ventos apesar de estar acima das nuvens? Um detalhe que talvez não passasse no crivo de um detalhista como Kubrick, por exemplo. As esferas drones, robôs de aniquilamento, são assustadoras, mas nem tanto quanto as esferas do filme Phantasm . A cena do encontro no Empire State arruinado é uma alusão a TARDE DEMAIS PARA ESQUECER (1957)? Nota 5,76.  OBLIVION de  Jose

Filmes > Django

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DJANGO ou DOCTOR SCHULTZ ou O DIA EM QUE TARANTINO EXPLODIU Para um dono de video clube absorver todos os filmes que aluga é quase uma coisa bem fácil. Agora, absorver e depois virar um cineasta de marca é para poucos. Assim o foi com Quentin Tarantino. É inegável que ele é genial em seus filmes (aqui roteirizando também), seu estilo pop é inconfundível, violência extremada, verbalização extremada, humor negro, e principalmente as influências de filmes pop de outrora. Ele consegue juntar tudo e apresentar um enredo que é uma salada refrescante num mundo de proteínas. Em Django ele chega forte com o tema racismo e vingança. Como nos Bastardos Inglórios foi o holocausto e a vingança. Sem evitar polêmica, já chamou o grande realizador de westerns John Ford de racista, e abraçando uma causa panfletária dos negros, com seu Django, sobe no banco para falar. É claro que quase tudo ali é retocado no exagero, pois fontes mais contemporâneas vieram para recolocar a posição americ

Filmes > Contatos Imediatos do 3º Grau

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Vi no fim de semana um Spielberg legítimo: CONTATOS IMEDIATOS DO TERCEIRO GRAU. O infantilóide Roy Neary (Richard Dreyfuss) é o herói do infantilóide (?) Spielberg. Quem em sã consciência expulsa a mulher e filhos de casa para jogar l á dentro terra, tijolos e um monte de porcarias, e ainda dá a mão a uns seres abjetos que mais parecem criaturas do inferno, e sobe ao desconhecido com um sorriso na cara? Vai perder seus órgãos internos, transar com ETs fedorentos, ter o corpo espetado por cânulas e ainda ter seu cérebro transformado em geléia, pensando que vai encontrar Deus. É um exercício de cinema, digamos, mas não levemos muito a sério. Taí uma bela peça de apologia da New Era... Tan-ran-rin-tan-tan!!♪♫♩...

Filmes > Sortilégio de Amor

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SESSÃO DA TARDE... Uma bruxa feia e nariguda com uma enorme e horrível verruga é uma coisa, e uma bruxa com a cara da Kim Novak é outra completamente diferente. É ela que se apaixona por James Stewart e... deixa de ser bruxa. A h!... o amor!... nem as bruxas resistem. Quem segura esta bela peça cinquentista é o power trio James Stewart/Kim Novak/Jack Lemmon. Leve como as sessões da tarde devem ser... Elegante como um dia fomos... SORTILÉGIO DE AMOR de Richard Quine (EUA 1958)

Filme > Quatro filmes para um fim de semana

1. A Vida e a Morte do Coronel Blimp, de Michael Powell (1943) Conservadores são feitos para as Forças Armadas como as Forças Armadas são feitas para conservadores. Um épico de um quase pseudo-herói. Nota 7,5. 2. Vanilla Sky, de Cameron Crowe (2001) Filmes metalinguísticos onde sonhos estão dentro de sonhos que estão dentro de sonhos são cansativos demais. O céu de baunilha também é enjoativo, prefiro casquinha de baunilha, do MacDonalds. 3. Gattaca, de Andrew Niccol (1997) De novo, de novo... A ciência querendo ser Deus. A ironia é a fatalidade com que a ciência não conta. E a fatalidade podemos chamar de Deus Soberano. Por que os heróis sempre fazem biquinho? Etham Hawke faz o filme cair num lugar comum, deveria aprender a fazer biquinho convincente com Sean Connery como 007, e parecer menos calhorda e seguro demais. Duas perguntas: O que Ernest Borgnine está fazendo ali? E por que no futuro os ambientes são tão esterelizados? 4. Pequeno Rincão de Deus, de Anthony Mann (1958) Grata s

Filme > Quatro filmes para um fim de semana

SHALAKO (1968) , de Edward Dmytryk - Decepção! Western decadente com pitadas de liberação sexual sessentista. Advinha quem fica parcialmente nua na telinha? O LADRÃO DE BAGDÁ (1940), de Michael Powell - Intenção boa - Como já estamos muito acostumados com a perfeição dos efeitos especiais da computação gráfica, soa bizarro e fake ao mesmo tempo. Infeliz indicação de Roger Erbert, crítico do Chicago Sun. Se entendermos como valor histórico, tem lá sua validade e acho que foi por isso a indicação. Ainda assim, decepção 2. Adendo - Vá lá... O desenho de produção é mui interessante. A CIDADE DAS SOMBRAS (1998), de Alex Proyas - Pretensioso - Ficção científica com visual retrô só DUNA de Linch. Roteiro segue a risca o título: dark demais. É isso, faltou luz. Kiefer Sutherland, o agente 24 horas, como cientista louco não funciona. Decepção 3. PRIMAVERA, VERÃO, INVERNO... (2003), de Ki-duk Kim - Cinema de qualidade, belo e com a surpreendente sabedoria oriental. O ciclo das estações simbo

Filme > Quatro cults para um fim de semana

AGONIA E GLÓRIA (1980) de Samuel Fuller - Mais ou menos. Pra mim Lee Marvin só funciona como o Liberty Valence de O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA de John Ford. Me soou como um filme de guerra para TV. É um clássico de guerra, mas com certas objeções particulares. Os jovens soldados não convencem. Lee sobressai porque é um bom ator, só isso. A HORA DO LOBO (1968) de Ingmar Bergman - Freudiano e arrastado demais. É um filme conceitual de terror de Bergman por isso um filme menor dele. Nota 6,5. STROSZEK (1977) de Werner Herzog - Werner Herzog me parece anti-americano como quase todo mundo. Aqui ele tenta ridicularizar os EUA, mas ridículos mesmo são seus três personagens alemães que migram para os States, incluíndo aí o personagem que dá nome ao filme: Bruno Stroszek (Bruno S.). Chato e pretensioso, porém levemente engraçado. A PALAVRA (1955) de Carl Dreyer - Um filme que segue a máxima de Jesus: Se você tiver fé é capaz de mover aquela montanha de lá para acolá. A-R-R-E-B-A-T-A-

Filme > A Troca

Estamos arriscados a entrar numa sociedade kafkaniana. A justiça mistura termos e interpretações de um direito, como fala o Reinaldo Azevedo, achado no lixo, onde a Constituição é só enfeite. Leia o post O “MENINO” DE GRANDIS É BEM MAIS VELHO DO QUE PENSA E DO QUE PARECE Segundo Reinaldo um dos textos mais importantes que ele escreveu em três anos para o blog. < http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/ > Ontem (07mai) vi um filme chamado A TROCA de Clint Eastwood, uma mãe (Angelina Jolie) tem seu filho raptado, um caso verídico que aconteceu em Los Angeles em 1928, a polícia corrupta e inepta com medo de ser envolvida em mais um escândalo, arruma uma criança para substituir o filho perdido. Logicamente a mãe não aceita por razões óbvias, mas ela é encarcerada como louca por falar que aquele não era seu filho. Uma situação kafkaniana. Só que um pastor corajoso (John Malkovich) -- daí a importância dos líderes responsáveis em nossa sociedade -- sabedor das sujeiras da polícia, põe

Resenha > A Doce Vida

A epopéia de Marcello, Marcello Mastroianni, em busca de algo que em seus caminhos erráticos nunca será encontrado: a transcendência. O medo do casamento, da vida normal, do tédio, personificada na trágica morte do amigo, quase um guru, que surpreendentemente ainda tentava a transcendência. Marcello é um homem bonito. Será que os homens bonitos são afastados da transcendência pelo orgulho? Será essa a própria epopéia de Marcello Mastroianni? Uma obra-prima, sem dúvida, que jamais será igualada em se tratando do personalíssimo olhar magistral de Fellini. Entre muitas cenas que me marcaram, destaco duas: Uma é a visita do pai de Marcello. O velho fica empolgado com a vida boêmia outrora vivida, onde seu filho afoga as mágoas. Num bordel onde seu pai pediu pra ser levado, gosta de uma dançarina que já foi um caso do filho, levado para a casa dela ele passa mal. Talvez o excesso de bebida, mas algo mais, como lembranças da vida boêmia que pode ter levado pessoas à sofrer, inclusive Marce

Filme > Buena Vista Social Club

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Nós precisamos sempre de alguém que acredite em nós. Que tenha empatia conosco. Este filme é assim. O produtor musical Ry Cooder foi atrás de uns artistas cubanos da década de 40 esquecidos e decadentes (em um país decadente), torna-se uma benção para eles, colocando-os novamente no estrelato. Emocionante! Do diretor cult e chatinho Win Wenders.

Filme > Tropas Estelares

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Baseado no livro de Robert A. Heinlein, vencedor do prêmio Hugo de 1960 (autor de Um Estranho em uma Terra Estranha). O diretor é Paul Verhoeven, louco e criativo (o mesmo de Robocop e Vingador do Futuro). As cenas de batalha com os monstrengos são as mais perfeitas que já vi. Se o roteiro não fosse tão escatológico e um tanto humorístico como é de feitio de PV, penso que poderia ser um filme mais filosófico. Mas vale a olhada, os efeitos visuais deste filme são de cair o queixo. Ah!... Algumas cenas são para estômagos fortes.

Filme > Exodus, Otto Preminger

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Bom filme. Uma boa aula de história sobre a formação do Estado de Israel. Penso que o livro de Leon Uris promete mais. No entanto vale a vista. Com o bonitão (Madame W adora) recentemente falecido, Paul Newman.

Filme > Os Vigaristas

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O feitiço contra o feiticeiro. Quem ganhou realmente neste filme foi a caixa do supermercado, ela era o objetivo. Por que? Na minha opinião metafísica procuro ver a mão de Deus em tudo... Deus sabia que Roy tinha um coração bom e livrou ele do pior com seu próprio feitiço, para depois dar uma vida feliz para a caixa do supermercado e, a ele de lambuja. Todos eram vigaristas só Roy foi livrado. Um grande filme. Um colega meu implica comigo porque procuro filmes só pelos diretores. Mas na maioria das vezes eu acerto. Esse é de Ridley Scott, um grande diretor.

Filme > Onde os Fracos Não tem Vez

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Afinal de contas quem ficou com o dinheiro? Esta é uma boa pergunta a se fazer depois de assistir Onde os Fracos Não Tem Vez. O título original ( No Country for Old Men) quase que responde a pergunta se você estiver atento ao personagem principal Tommy Lee Jones, a meu ver protegido talvez das situações violentas do filme por alguma aura metafísica. Enfim tem que ver e entender. Um jornalista que não me lembro quem, chamou com muita propriedade o serial killer de beatle do inferno. É um legítimo Irmãos FARGO Coen. Demais!!

Filme > Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson

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Filme tenebroso, como disse Madame W. Um home rude e mal, assolado pela ganância. Com Daniel Day-Lewis, ganhador do Oscar de mellhor ator. Um filme que conta a história dos pioneiros na extração de petróleo nos EUA. Bastante interessante o conflito do petroleiro com o pastor local. Um filme bem legal e, repito a Sra. W, tenebroso.

Filme > Little Manhattan, de Mark Levin

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Num mundo de pedofilia e erotização infantil este filme é um verdadeiro achado. O amor inocente entre duas crianças mostrado com beleza, respeito, maturidade e poesia. Para todas as idades. Maravilhoso! Em tempo: O título brasileiro é ridículo.