Resenha > Tróia
Ontem finalmente me rendi a ver o filme Tróia. Já sabia mal ou bem do resultado. Quando vejo uma carinha bonita... Nada contra as carinhas bonitas de capiau do Missouri.
Um visual, com algumas restrições, impecável. Uma das restrições são as estátuas gregas no tempo em que se passa o filme (1300 a 1200 a.C.) não eram totalmente brancas como vemos, e sim pintadas como se fosse uma representação fiel das pessoas.
TRÓIA é um filme bem fraco. Fraco na direção de atores. Um filme épico pós-moderno, onde a presença de um galã canastrão hollywoodiano é peça chamariz para as multidões. Brad Pitt (Aquiles) como herói surfista calhorda e canastrão elevado a enésima potência faz o queixo de Homero cair ao chão, seja lá onde ele estiver. Saudades de suas atuações em Kalifornia (psicopata), Seven (atordoado) e 12 Macacos (maluco).
Quem lê a Ilíada nota como, apesar de Aquiles ser o maior guerreiro de todos os tempos, ele ainda tem sua parcela de humanidade ou ombridade para chorar ante uma incapacidade de extravasar sua ira. A nobreza do herói foi posta a mercê de um símbolo sexual. Já na cena inicial vemos o que está por vir. Onde está Aquiles? Na cabaninha fazendo sescso com duas 'garotas de programa'. Oh!... Em tempos de homossexualidade temos que reforçar a masculinidade do herói, mesmo sabendo das suas compulsões tradicionais gregas de atração por jovens (o 'primo' Patroclus).
Posso dizer que o Pão (Bread) Pitt transformou o último herói que faltava num boneco pós-moderno. Contudo, as cenas de luta do guerreiro foram muito bem ensaiadas. Vê-se uma boa dedicação aos treinamentos, tanto para Pão Pitt como para seu dublê. Ponto também para o belíssimo Cavalo de Tróia feito de madeiras velhas. A idéia da estratégia do cavalo foi do personagem título da Odisséia, Odisseus (Ulisses para os Romanos), o prudente (Sean Bean), que lutava ao lado de Aquiles.
Faltou pulso (direção Wolfgang Petersen) para um filme que poderia ser um ótimo representante de uma das maiores peças poéticas da literatura. Entendemos, não dá para se explorar muita coisa, tempo é dinheiro. É um épico fast food. Receita de projeto rápido para grandes bilheterias, mas um fracasso de público e crítica.
Faltou atores (com exceção do Sr. Lawrence da Arábia Peter O'Toole).
Faltou o sublime.
Faltou Homero. E... talvez um Cecil B. DeMille.
Um visual, com algumas restrições, impecável. Uma das restrições são as estátuas gregas no tempo em que se passa o filme (1300 a 1200 a.C.) não eram totalmente brancas como vemos, e sim pintadas como se fosse uma representação fiel das pessoas.
TRÓIA é um filme bem fraco. Fraco na direção de atores. Um filme épico pós-moderno, onde a presença de um galã canastrão hollywoodiano é peça chamariz para as multidões. Brad Pitt (Aquiles) como herói surfista calhorda e canastrão elevado a enésima potência faz o queixo de Homero cair ao chão, seja lá onde ele estiver. Saudades de suas atuações em Kalifornia (psicopata), Seven (atordoado) e 12 Macacos (maluco).
Quem lê a Ilíada nota como, apesar de Aquiles ser o maior guerreiro de todos os tempos, ele ainda tem sua parcela de humanidade ou ombridade para chorar ante uma incapacidade de extravasar sua ira. A nobreza do herói foi posta a mercê de um símbolo sexual. Já na cena inicial vemos o que está por vir. Onde está Aquiles? Na cabaninha fazendo sescso com duas 'garotas de programa'. Oh!... Em tempos de homossexualidade temos que reforçar a masculinidade do herói, mesmo sabendo das suas compulsões tradicionais gregas de atração por jovens (o 'primo' Patroclus).
Posso dizer que o Pão (Bread) Pitt transformou o último herói que faltava num boneco pós-moderno. Contudo, as cenas de luta do guerreiro foram muito bem ensaiadas. Vê-se uma boa dedicação aos treinamentos, tanto para Pão Pitt como para seu dublê. Ponto também para o belíssimo Cavalo de Tróia feito de madeiras velhas. A idéia da estratégia do cavalo foi do personagem título da Odisséia, Odisseus (Ulisses para os Romanos), o prudente (Sean Bean), que lutava ao lado de Aquiles.
Faltou pulso (direção Wolfgang Petersen) para um filme que poderia ser um ótimo representante de uma das maiores peças poéticas da literatura. Entendemos, não dá para se explorar muita coisa, tempo é dinheiro. É um épico fast food. Receita de projeto rápido para grandes bilheterias, mas um fracasso de público e crítica.
Faltou atores (com exceção do Sr. Lawrence da Arábia Peter O'Toole).
Faltou o sublime.
Faltou Homero. E... talvez um Cecil B. DeMille.