Filmes > David e Betsabá



















A história de Davi escrita por um anônimo, apesar de constar em 2Samuel, é uma história bem antiga, tem mais de 3 mil anos. Arqueólogos registram de 1000 a 975 a.C. Segundo a Bíblia, ainda havia alguns gigantes na Terra. Para ilustrar, a construção de megalitos e fortalezas descomunais, como as pirâmides do Egito e os megalitos de Stonehenge (Inglaterra), por exemplo, realizou-se no ano 3000 a.C. 
O filme de Henry King é um daqueles que tem a atmosfera dos tempos, e aqui, do Velho Testamento. Bela reconstituição de época, com as roupas e arquitetura das fortalezas e do palácio de Davi. Está lá o teto de cedro do Líbano e as "pedras que falam" das construções. Está lá a Estrela de Davi, nas roupas e contruções, este símbolo de honra a Deus. É um romance do belo Gregory Peck com a bela Susan Hayward, mostrando como Betsabá em meio a tantas esposas, foi a preferida de Davi e que mais tarde lhe gerou um filho digno de constar no Velho Testamento, o sábio Salomão. Até aí,  Davi cometeu o seu mais grave pecado, o de adultério. Perdoado por Deus, mas ainda com funestas consequências para o rei e sua família. É um filme emocionante quando você vê a relação do "homem segundo o coração de Deus" com o próprio Deus.
Davi era um guerreiro que matou um gigante (3,50m) chamado Golias com uma pedra de funda que ficou cravada na testa, formou-se corajosamente, com as bençãos de Deus, no ambiente hostil em que viveu como pastor de ovelhas protegendo-as dos predadores que naquela época deviam ser muitos, desde leões e ursos até lobos que se espalhavam por todo o território. Tanto que qualquer pastor trazia sua funda como arma de proteção. 
Está lá a figura do ainda adolescente Absalão e sua rebeldia, o mal estava com ele. Esta lá a simplicidade dos judeus perante o vestir e aos despojos de guerra, certamente uma marca registrada da sua relação com o mais importante de suas vidas: o Deus Único. Está lá a Arca de Deus, belamente desenhada. Está lá Natan, o profeta, mensageiro de Deus, abrindo os olhos do rei Davi. Gregory Peck faz uma bela figura como Davi, com sua imposição carismática, é assim que Davi deveria ser. Curioso como Saul aparece em determinado momento já meio idoso, nunca tinha imaginado ele assim. Muito curioso. Enfim, é uma produção de um -- descendente de Judeus? -- entre os vários judeus que produziam ($$$) os filmes Hollywoodianos, o grande, venerado e abandonado pelos pais Darryl Francis Zanuck, que tinha tudo para dar errado na vida, mas foi um dos maiores produtores de Hollywood. Um filme charmoso e grandioso.

DAVID E BETSABÁ de Henry King (EUA, 1951)

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